"E jogou-se do ultimo andar do altíssimo prédio de cinco andares,
Sua aceleração era absurda, cena de filme,
Ou melhor, essa cena era absurda, cena de desenho,
Só que com menos graça, a estranheza costuma resultar em medo e espanto.
Caiu e espatifou-se em mil pedaços o piano de calda do morador.
Será que ele estava revoltado, o que levaria a tal situação,
Ah, o seu olho estava vermelho, mas não se distinguia,
Sangue, lágrimas, ou ódio?
Lágrimas, se soluçar,
Ódio, se rosnar,
Sangue, se cair junto com o piano.
Tentei de longe entender o que se passava,
Aproximei-me com coragem, mas titubeei,
E a coragem abandonou, das três, uma.
Ele caiu junto, atrás do piano.
Sempre odiei cadáveres,e afastei-me,
Socorrer um provável morto,
Ou melhor esperar? indecisão absurda!
Só posso fazer uma coisa sensata e humana,
como qualquer fraqueza, digna dos humanos.
Acovardei-me, virei, e parti.
Porque do piano, do homem, se morreu,
não é problema meu, dane-se."
Youkai Lion
[uma crítica ao senso comum]
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
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