sábado, 25 de setembro de 2010

Não queira entender, nem julgar.

“Foi uma noite produtiva, como há tempos eu não tinha. Sonhar é a arte da reflexão, principalmente quando se sabe que está sonhando. Hoje descobri que ao sonhar, mesmo em primeira pessoa, posso prolongar-me com terceiros, aprendi os princípios de movimentar outros corpos enquanto eu mesmo sonho.

Talvez fosse algum tipo de treinamento. Tive de observar tudo como se eu fosse apenas um olho, sem braços ou pernas, tinha que através de outros corpos movimentar-me para alcançar objetos.

Tive outros sonhos, basicamente 4, dos quais lembro-me quase nada.

Buscando fundo na memória, lembro que eu era obrigado a me contrapor, como se eu estivesse negociando com minha consciência, com meu subconsciente e definindo as coisas certas a se pensar. Era um diálogo com uma terceira pessoa a qual eu sentia ser eu mesmo, como uma divisão de personalidades.

Nesse diálogo, que já esqueci quase que por completo, a esta altura do dia, a segunda pessoa expunha uma afirmativa, em meio a uma conversa, e eu a contrapunha, dizendo que aquilo que ela dissera era o errado a se pensar, mesmo sendo eu mesmo de acordo, a princípio, com aquilo que dizia.

Ao acordar, eu sabia das minhas obrigações, eu deveria manter-me completamente deitado e o máximo imóvel possível, de forma relaxada até as 15 horas, quando acabaria a cirurgia espiritual, ao acordar, eu sempre dava uma investigada a minha volta, mas eu não conseguia ver nem vultos nem nada.

Em muitos treinamentos, mesmo os de arte marcial, aprendi a lidar com alguns dos meus chakras, na verdade não como lidar com eles, apenas como senti-los, mas faz alguns anos que sou incapaz de fazer isso por vontade própria, hoje, porém, uma sensação anestésica e levemente incômoda me pareceu familiar, meu chakra da lombar estava ativo, porém sem qualquer motivo aparente, e mesmo recoberto por cobertores e roupas. Isso me fez ter certeza que mesmo que não tivesse ninguém a minha volta, eu estava sendo tratado.

Hoje é um dia de muitos pensamentos profundos, e um desejo inimaginável de treinar meus katis livremente, sem qualquer observação, peso ou pensamento.

Sinto que talvez devesse conversar com alguém, mas minha estimada e maravilhosa conselheira e ouvinte tem compromissos. Isso me irrita às vezes, mesmo sabendo que se alguém dependesse de mim dessa forma eu fugiria por completo. Sou ciumento demais, e super-protetor demais para gostar de qualquer pessoa que se aproxime dela, ou qualquer lugar que ela vá para “curtir a vida” mas eu tenho que aprender a lidar com isso, de preferência chegar ao ponto de não sentir mais isso. Ninguém tem exatamente nada haver com meus problemas, e ninguém é obrigado a entender o que eu escrevo.

Os maiores segredos ficam no lápis, os menores na caneta, os absolutamente não-segredos vêm parar no teclado.

Youkai Lion”

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